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Conclamamos todos os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios para Assembleia

Companheiras e companheiros, após 35 dias de greve, os trabalhadores dos Correios acompanharam ontem o julgamento do dissídio coletivo do Tribunal Superior do Trabalho. Durante todo o processo de negociação, os Correios mostraram total intransigência em dialogar com a categoria e se manteve firme no ataque e na retirada das cláusulas previstas no último acordo coletivo, que teria vigência até 2021.
O Judiciário voltou a agir como porta-voz dos Correios, compactuando com a retirada de direitos históricos da categoria. A decisão da tarde de ontem, muito embora traga um reajuste, diga-se, inferior ao justo, a partir de perdas salariais com a inflação, não contempla a categoria porque mantém ataques a direitos duramente conquistados por anos.
 Ontem, o TST em uma demonstração Clara de conluio com governo Bolsonaro, fez um ataque sem precedentes aos trabalhadores dos Correios. Esse ataque refletirá nas demais categorias. Conquistas históricas de mais de 30 anos foram retiradas de um do Acordo Coletivo, reduzindo-o de 79 para 29 cláusulas. Os setores mais oprimidos da sociedade, que também estão dentro dos Correios, foram os mais prejudicados. As mulheres tiveram supressão de muitos de seus direitos; trabalhadores que têm filhos com necessidade especial, perderam o direito de fazer o tratamento dos filhos; trabalhadores que tem filhos em idade escolar tiveram, também, o direito de pagamento das mensalidades ; todas as cláusulas econômicas que têm algum reflexo econômico para a empresa foram retiradas. Foram mantidas apenas cláusulas sociais que não tinham impacto econômico empresa. 
Por isso, os companheiros que não compreenderam a importância da unidade nesse momento fiquem atentos, porque o que estão fazendo com os Correios, farão com os servidores públicos, com as demais estatais, e trabalhadores em geral. Estão usando os Correios como laboratório para impor às outras categorias, os mesmos ataques. 
Isolaram a nossa greve ao fazerem acordo com os bancários e com os petroleiros, e agora a resposta do governo é justamente preparar o terreno para privatização da empresa que tem mais de 357 anos de história e o que vai acontecer com os trabalhadores dos Correios vai acontecer com os de outros setores. Convocamos os trabalhadores das demais categorias, os sindicatos e centrais sindicais a organizarem imediatamente uma greve geral de todas as categorias.
É necessário derrubar esse governo fascista, misógino, racista, perseguidor de trabalhadores. Precisamos, imediatamente, retirar desse país toda a política que está envolvida nesse governo. É nítido que a posição do TST é uma aliança entre o judiciário e o executivo Federal. É necessário, companheiros, entender essa situação e marchar juntos, imediatamente, contra esse governo. Se não pudermos marchar juntos, marchemos separados, mas golpeemos juntos o inimigo comum à classe trabalhadora.
O ataque do Governo Federal, certamente, vai privatizar a Empresa e demitir milhares de pais e mães de família, se perdermos essa batalha. Qualquer recuo isolado por parte de qualquer direção sindical neste momento significará a entrega da categoria nas mãos dos patrões, o que não podemos permitir que aconteça.
Conclamamos todos os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios a aguardarem a assembleia de logo mais. Agora pela manhã teremos uma reunião com o Comando nacional de Greve, com a direção da Fentect e dos sindicatos. Devemos permanecer firmes na luta em defesa do sustento das nossas famílias. A manutenção dos nossos direitos e empregos depende da unidade dos trabalhadores de todo o Brasil. 
Nossa assembleia será às 16 horas no COA.


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