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O papel dos sindicatos nas eleições 2022

O papel dos sindicatos nas eleições

 

Nos últimos quatro anos, o avanço da extrema direita e o acirramento das políticas neoliberais, levadas a cabo pelo governo Bolsonaro, apontaram grandes desafios para as organizações sindicais. A perda de direitos, o aumento do desemprego e da informalidade e o desmonte das políticas públicas fragilizaram a classe trabalhadora.

 

Reformas, como a trabalhista e previdenciária, ditadas pelo capital para assegurar os lucros dos capitalistas e o superávit utilizado para pagar juros de uma fraudulenta dívida pública flexibilizaram as relações de trabalho e fizeram com que o papel da Justiça do Trabalho se tornasse cada vez mais limitado.

 

Todos os setores públicos estão na iminência da privatização. A Eletrobras foi rifada para que Bolsonaro usasse o dinheiro da sua venda na campanha eleitoral. Empresas como Correios, Petrobras, SERPRO, DATAPREV e todo o sistema de Saúde e educacional estão prestes a serem privatizados, o que significa que a população sofrerá ainda mais tendo que pagar quantias altíssimas para usar serviços básicos como educação e o SUS. . E o processo de privatização passa inicialmente pelo desmonte e precarização dos serviços públicos, colocando a sociedade contra o próprio Estado e suas instituições. Os desdobramentos são a retirada de direitos dos trabalhadores, a diminuição do passivo trabalhista, demissões e, por fim, a entrega total do patrimônio público. A CLT está sendo totalmente destruída enquanto os sindicatos passaram a ser alvos de ataques contundentes, que ameaçam seu poder de ação.

 

Toda essa situação exige organizações sindicais fortes, que atuem em unidade entre as diversas categorias para enfrentar o grande capital e os seus capachos que ocupam hoje o Estado brasileiro. Para agir na defesa intransigente dos interesses de classe operária, os sindicatos precisam ter uma política acertada e palavras de ordem alinhadas ao estado de espírito das massas. Essa política exige o respeito à importância que as eleições têm no interior da classe trabalhadora.

 

Estamos em um momento ímpar para dialogar com os trabalhadores e fazer o debate sobre a luta de classes presente na disputa eleitoral. Nesse sentido, os sindicatos, ao defenderem as reivindicações econômicas dos trabalhadores, têm papel fundamental na orientação das categorias que representam para o voto classista, que dispensa as promessas reformistas e não cria ilusões de que as eleições são a única arma dos trabalhadores. Organizados em seus sindicatos, os trabalhadores amadurecem a compreensão sobre os limites que as instituições burguesas lhes impõem e entendem que votar em representantes de seus interesses é uma forma de disputar poder nos espaços de decisão.

 

É hora de eleger Presidente, Governador, Senador e Deputados comprometidos com as lutas dos trabalhadores, derrotar de vez o fascismo e a violência das políticas neoliberais e fortalecer o poder popular.


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